'Implorei por ajuda' diz jovem que denuncia racismo em bar de Maceió; caso está sendo investigado

  • 05/09/2025
(Foto: Reprodução)
Estudante é vítima de racismo em bar de Maceió O que era para ser uma noite de diversão e comemoração do aniversário de uma amiga, terminou em violência para um casal de jovens na última segunda-feira (1), no bairro do Prado, em Maceió. Em um vídeo nas redes sociais (confira acima), Júlia Neves Marinho de Almeida e o namorado, João Roberto de Lira Santos Júnior, denunciaram terem sido vítimas de racismo sofrido em um bar na capital alagoana. O vídeo gerou comoção. Segundo eles, quando estavam esperando um carro por aplicativo para irem para casa, cinco pessoas passaram a encarar, bater na mesa onde eles estavam e acusá-los de furto. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AL) informou que a vítima realizou um Boletim de Ocorrência na delegacia virtual. O caso foi registrado como calúnia e os procedimentos investigativos já foram abertos. O casal precisa comparecer a alguma delegacia para prestar depoimento e dar continuidade às investigações. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 AL no WhatsApp O namorado de Júlia, João Roberto, disse que apesar da ocorrência ter sido registrada como calúnia, eles acreditam que a ocorrência foi registrada de forma errada. "A gente sabe que isso não foi só calúnia. Isso tem nome e isso é racismo. Então a gente tá tomando todas as medidas legais para poder resolver essa situação e [estamos] em busca de justiça", comentou João. Vídeo No vídeo, Júlia conta que quatro homens, sendo um deles o segurança do bar, e uma mulher, que se apresentou como coronel, obrigaram Júlia a abrir a bolsa para provar que ela havia furtado alguma coisa. De acordo com o estabelecimento, o colaborador apresentado no vídeo foi afastado (confira a nota no fim dessa matéria). "Um deles já chegou me mandando abrir a bolsa e na hora eu não entendi. Perguntei 'como assim abrir a minha bolsa? 'Aí o outro falou que tinha sido furtado e queria conferir se não estava na minha bolsa”, disse a jovem no vídeo. A Polícia Militar também se pronunciou através de nota. Informou que recebeu um chamado através do 190 onde uma terceira pessoa relatou o fato e informou que os suspeitos já não se encontravam mais no local. Segundo a nota, a vítima foi orientada para se dirigir até a delegacia mais próxima. A nota não informa sobre a mulher que se apresentou como coronel da PM (leia na íntegra ao final do texto). Após Júlia falar que não havia furtado nada, a mulher presente no grupo disse que teria sido seu namorado que colocou na bolsa dela. Júlia contou também que tentou resistir à abordagem, mas depois de muito constrangimento, resolveu abrir a bolsa. Nela não tinha nada além de caderno e estojo. Júlia havia saído da faculdade, onde cursa jornalismo, e foi para o bar. LEIA TAMBÉM: Entenda a diferença jurídica entre os crimes de racismo e injúria racial Além disso, o casal também informou que tentou pedir ajuda aos policiais que passavam pelo local em uma viatura, mas eles não ajudaram. Segundo eles, os militares disseram que Júlia deveria chamar menos atenção. "Mais quantos de nós terão que passar por isso? Porque nós sempre temos que nos provar inocentes? Essas pessoas acham que podem fazer e se isentar de tudo, mas nós buscaremos justiça", disse o casal nas redes sociais. Ainda nas redes sociais, Júlia afirmou ter procurado o Instituto Negro de Alagoas (INEG/AL), que deve orientar o casal nas medidas cabíveis. NOTA DE ESCLARECIMENTO O Bombar vem a público se manifestar sobre o episódio lamentável ocorrido recentemente no estabelecimento. Inicialmente, queremos expressar nosso mais profundo pedido de desculpas às pessoas diretamente envolvidas e a todos os nossos clientes, amigos e frequentadores. Sentimos muito por qualquer dor ou desconforto causado. Informamos que o colaborador apontado no vídeo foi afastado imediatamente de suas funções, e estamos apurando com rigor todos os detalhes do ocorrido para que as medidas cabíveis sejam tomadas com a máxima responsabilidade. Ressaltamos que, em mais de 11 anos de atuação, esse foi um fato totalmente isolado em nossa história e queremos deixar claro que não compactuamos, jamais compactuaremos, nem toleraremos qualquer tipo de discriminação ou atitude racista em nosso ambiente. Nosso compromisso sempre foi e continuará sendo com o respeito, a inclusão e a promoção de um espaço seguro e acolhedor para todos que admiram e fazem parte da cena cultural local. Vamos investir em ações de sensibilização e capacitação de nossa equipe, para que episódios como este nunca mais se repitam. Agradecemos a todos que confiam em nosso trabalho e permanecem ao nosso lado. Seguimos abertos ao diálogo e comprometidos com a construção de um ambiente verdadeiramente diverso e respeitoso. O Bombar é um espaço que nasceu e se mantém na periferia da zona sul de nossa cidade com o propósito de ser um lugar de encontro, diversidade e inclusão. Nossa trajetória sempre foi construída em diálogo com diferentes grupos sociais, culturais e artísticos, sem jamais adotar práticas de repressão ou discriminação contra qualquer pessoa, seja por raça, gênero, orientação sexual ou pertencimento a minorias. Reiteramos nosso compromisso de acolher e apoiar o casal envolvido neste episódio. Seguiremos firmes em nosso propósito: ser um espaço de convivência, respeito e celebração da diversidade, sempre aberto para todos. Maceió - AL, 04 de setembro de 2025. NOTA - POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) informa que, na noite de terça-feira (02), recebeu uma ligação via 190 relatando um possível caso de constrangimento ilegal em um estabelecimento comercial localizado na Rua Álvaro Marinho, no bairro do Prado, em Maceió. A ligação foi direcionada à mesa de despacho do 1º Batalhão, setor do 190 responsável pelo atendimento das ocorrências na área do bairro. Durante o contato, uma terceira pessoa que prestava apoio à vítima confirmou a situação e informou que os suspeitos já haviam deixado o local. Diante disso, a orientação repassada foi para que a vítima se dirigisse a uma delegacia e registrasse a ocorrência junto à Polícia Civil. Casal denuncia racismo em bar de Maceió Reprodução/Redes Sociais Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Leia mais notícias da região no g1 AL

FONTE: https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2025/09/05/implorei-por-ajuda-diz-jovem-vitima-de-racismo-em-bar-de-maceio-estudante-denuncia-caso-nas-redes-sociais.ghtml


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